Redes sociais virtuais e reais

Sou ainda tosco aprendiz de usuário das redes sociais. Preciso prosseguir melhorando, afinal, incluí às responsabilidades uma web rádio (radioplena.com.br), com programas ao vivo, inclusive, e as redes sociais são absolutamente fundamentais para disseminar esta novidade que uniu o rádio e a rede mundial de computadores.

Quando alcançar um patamar razoável de compreensão e uso das redes sociais – se bem que o dinamismo delas sempre exigirá aprender – espero confirmar o que penso hoje: tal como se dá com a televisão, o rádio e a internet como um todo, nas redes sociais há muita futilidade, mentira, distorção, ignorância etc. E há incontáveis e maravilhosas oportunidades de aprendizagem, diversão, interação etc.

Alienar e ou alienar-se, gerar e ou sucumbir à mediocridade, corromper e ou corromper-se, difundir e ou sucumbir a mentiras ou equívocos: é por conta de cada pessoa, conscientemente ou não. Depende do caráter e do temperamento, dos gostos e interesses, do momento e situação por que cada um passa, então, das suas atitudes enquanto receptor que buscou ou foi buscado pelos emissores das comunicações presentes nesses meios.

José Fernandes de Oliveira (Padre Zezinho) diz que a televisão pode ser muito útil e é, conforme o telespectador comande o controle remoto (até para desliga-la, quando da falta de opções que prestem) e não seja controlado por ela. Por extensão, diga-se o mesmo das redes sociais. Atrevo-me a acrescentar que a atitude é dependente do que cada um entende por útil e fútil, prestar ou não prestar…

Tenho aprendido demais nas redes sociais: fotos, vídeos e charges, breves comentários que fazem rir, pensar, repensar; compartilhamentos de conteúdos úteis e mesmo fascinantes de pessoas conhecidas ou não, gente que tem a dizer e o faz com propriedade; que, sensatamente, antes de aceitar como o certo, o melhor ou a verdade, deve ser comparado com nosso próprio saber, confirmando-o ou melhorando-o. A diversidade de opiniões é tão inevitável quanto pode ser saudável, conforme fundamentadas com inteligência e serenidade, nas ocasiões de dizê-las e defende-las e nas ocasiões de escutar e tentar entender ou ao menos respeitar.

A abundância de grosserias, fundamentalismos, intransigências, tolices e mesmo burrices e outras mazelas só faz espelhar a carência de fundamentação moral, ética, cidadã e até espiritual que acomete multidões aparentemente ou realmente bem resolvidas; afinal, humanos, somos limitados e falíveis.

Alguém disse, e não cito o nome pela lástima de tê-lo esquecido: “As redes sociais aproximam quem está longe e afastam quem está próximo!” Feliz e interessante é toda pessoa que aproveita as redes sociais para manter-se próximo ou reaproximar-se de quem está distante. Entretanto, com as pessoas que estão fisicamente próximas, dispense o virtual e fique com o bom e insubstituível real: olhares, apertos de mãos, abraços, calor humano…

Curta as redes sociais como construtoras e mantenedoras de redes reais de bons relacionamentos familiares, comunitários, voluntários, profissionais!

José Carlos de Oliveira

Publicado originalmente 18 de outubro de 2013

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